César Lacerda

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César Lacerda

César Ricardo Ribeiro Lacerda
Nascido - 5/5/1987 Diamantina, MG

Biografia

Compositor. Instrumentista.

Iniciou seus estudos musicais ainda pequeno, na escola fundada por sua mãe.
Mudou-se para Belo Horizonte na adolescência, onde frequentou a Escola de Música da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Radicou-se no Rio de Janeiro a partir de 2006, ingressando na Escola de Música da Unirio (Universidade Federal do Estado remdad -->

Composição

  • 21
  • @gua (com Fernando Salem)
  • A dois
  • A toada vem é pelo vento (com Luiza Brina)
  • A, sem jeito
  • Abaporu (com Numa Ciro)
  • Discografia

  • (2013) Ouça de fone (com Luiza Brina) • Independente CD
  • (2013) Porquê da voz • Independente CD
  • (2011) César Lacerda • Independente
  • (2006) 13’31 (com a banda (cLAP!)) • Independente
  • (2006) um3 – Ao Vivo (com a banda (cLAP!)) • Independente
  • César Lacerda – Tudo Tudo Tudo Tudo (2018)

    César Lacerda é um artista que nasceu pra ser grande. Mesmo no minimalismo propositado dos versos e arranjos econômicos que cercam o trabalho do cantor e compositor mineiro, sobrevive na profunda leveza e honestidade escancarada dos sentimentos uma verdadeira explosão de significados. Um exercício minucioso, particular, que se estende desde a estreia com Porquê da Voz, trabalho entregue ao público em 2013, alcança melhor enquadramento no doce Paralelos & Infinitos, de 2015, e flerta com o pop no recém-lançado Tudo Tudo Tudo Tudo (2017, YB Music / Circus).

    Delicado, como tudo aquilo que Lacerda vem produzindo desde o primeiro álbum em carreira solo,Tudo Tudo Tudo Tudo sussurra delírios românticos ao pé do ouvido, mergulha em conflitos mundanos e ainda detalha as angústias do eu lírico de forma sempre acessível. Melodias descomplicadas, serenas, como uma fuga da atmosfera densa que tomou conta do colaborativo O Meu Nome é Qualquer Um (2016), trabalho assinado em parceria com o cantor e compositor paulistano Romulo Fróes.

    Perfeita representação desse resultado sobrevive no bloco de três composições deliciosamente acolhedoras que abrem o disco. De um lado, a sutileza de Isso Também Vai Passar, música que joga com a efemeridade da vida, a crise política no Brasil e instável relação de um casal. No outro oposto, a curiosa regravação de Me Adora, um dos maiores sucessos da baiana Pitty, mas que aqui se transforma em uma bossa tímida, quase sussurrada. Entre as duas composições, um precioso dueto entre Lacerda e a cantora Maria Gadu em Quando Alguém, música que evoca os encontros entre Chico Buarque e Nara Leão.

    Entretanto, a beleza de Tudo Tudo Tudo Tudo não se limita apenas ao conjunto inicial que abre o trabalho, mas cada fragmento instrumental e poético que costura o registro. Está na ambientação jazzística de O Fim da Linha e, principalmente, na base grandiosa de Por Que Você Mora Assim Tão Longe?, música que se abre para a inserção de arranjos de cordas cuidadosamente orquestrados por Lacerda. Melodias de voz e inserções precisas que esbarram na obra dos grandes cantores românticos dos anos 1980, principalmente Guilherme Arantes e Flávio Venturini. A mesma atmosfera nostálgica se reflete ainda na doce confissão que invade os versos de Por Um Segundo, parceria com Romulo Fróes que parece saída da trilha sonora de alguma antiga novela das sete.

    O samba contido em O Marrom da Sua Cor, pop-rock descomplicado em Sei Lá, Mil Coisas, o minimalismo hipnótico de O Homem Nu, música detalhada em essência pelo produtor Elisio Freitas, parceiro de Lacerda durante toda a execução do trabalho. Um registro que investe de forma expressiva na pluralidade de ritmos, porém, mantém firme a forte relação entre as faixas, cuidado evidente desde o último álbum de inéditas do músico mineiro, Paralelos & Infinitos.

    Indicativo de um novo posicionamento criativo, Tudo Tudo Tudo Tudo dialoga de forma pouco inventiva com a MPB tradicional, porém, preserva uma série de elementos originalmente testados nos dois primeiros registros do músico mineiro, reforçando com naturalidade a essência do cantor. Trata-se de uma obra radiofônica, pop e naturalmente íntima de uma parcela ainda maior do público, porém, tratada com extrema delicadeza.

    Da forma como o músico explora os próprios sentimentos ao fino véu instrumental que cobre toda a superfície do registro, difícil não se entregar à obra de Lacerda.
    *por Cleber Facchi


    Faixas:
    01 – Isso Também Vai Passar – César Lacerda
    02 – Quando Alguém - César Lacerda
    03 – Me Adora – Pitty
    04 – O Marrom da Sua Cor - César Lacerda
    05 – Por que Você Mora Assim Tão Longe? - César Lacerda
    06 – O Fim da Linha - César Lacerda
    07 – Por Um Segundo - César Lacerda e Romulo Fróes
    08 – Sei Lá, Mil Coisas - César Lacerda
    09 – O Homem Nu - César Lacerda
    10 – Percebi Seus Olhos em Mim - César Lacerda

    Marcadores: César Lacerda, MPB

    César Lacerda – Paralelos & Infinitos (2015)

    Ter o amor como tema pode parecer, num primeiro momento, algo corriqueiro e banal. O lugar-comum. Entretanto, o que acontece quando um artista decide converter essa matéria-prima em um elemento instável, de alto risco? E ainda, optar por uma abordagem leve e sintética? Foi esse o caminho que César Lacerda escolheu para o seu novo disco, Paralelos & Infinitos (Joia Moderna). E há algo de revolucionário nessa escolha. Afinal, em um momento de tanta hostilidade e descrença, nada mais radical para um artista do que abrigar em sua obra o afeto. Lacerda, como grande músico que é, sempre soube fazer isso de forma singular, exibindo, desde seu primeiro disco, Porquê da Voz (2013, independente), uma identidade luminosa, sensível e inventiva.

    Nascido em Diamantina (MG) e radicado por oito anos no Rio de Janeiro, Lacerda jamais perdeu seu DNA mineiro, bem como jamais deixou de externar sua vontade em expandi-lo e se tornar universal. O que seria para muitos uma ideia conflituosa, para ele foi um poderoso impulso que o permitiu se abrir a vários diálogos. Algo que pode ser comprovado nos projetos em que vem se envolvendo desde o lançamento de seu álbum de estreia, há dois anos. Nesse período, o músico trabalhou ao lado de nomes de diversas cenas e gerações: Lenine, Marcos Suzano, Emicida, Paulinho Moska, Fernando Temporão, Letícia Novaes (Letuce), Juçara Marçal, o poeta Eucanaã Ferraz, o ator Matheus Nachtergaele, entre outros. Também esteve presente nos EPs Instantâneos (2014, DOBRA) e Banquete (2014, Banda Desenhada Records); no tributo aos Novos Baianos, Tinindo e Trincando (2014, Jardim Elétrico); e na coletânea Mar Azul (2015, Slap – Som Livre), em homenagem ao Clube da Esquina.

    Por conta de seu trabalho, o músico se apresentou em diversas casas de show do país, como os SESC’s Vila Mariana (SP), Palladium (BH) e Tijuca (RJ), Oi Futuro (RJ) e Teatro Paiol (PA), além de ter realizado turnês por vários países, como Uruguai, Cuba, Portugal, Holanda, Alemanha e Itália. Toda essa experiência, tanto musical quanto pessoal, foi muito importante para a gestação de Paralelos & Infinitos. Lançado em um momento de transição, quando Lacerda decide mudar-se para a cidade de São Paulo, o disco trata, exclusivamente, de um relacionamento amoroso.
    “Love is so essential! Love is so celestial! Love is so special! Love is so delicious!
    Love is…”
    Abordando os aspectos mais resplandecentes dessa relação, o artista desfruta dessa felicidade (perene ou efêmera, não importa) revolvendo-a, criando uma paisagem que, ao invés de revelar fissuras, mostra seu núcleo duro, explendoroso e brilhante. Ainda que efusivo, Paralelos & Infinitos se apresenta como um trabalho íntimo, delicado e confessional. Seu título foi retirado do livro Amor em segunda mão (2006) da escritora portuguesa Patrícia Reis. A expressão é usada pela autora para designar a linha do horizonte, o encontro do mar com o céu, uma metáfora à relação a dois.

    Na capa e contracapa do disco, Lacerda e sua namorada, a atriz Victoria Vasconcelos, aparecem em um ambiente ao mesmo tempo aquático e cósmico, remetendo a Joia (1975), de Caetano Veloso; e a Histoire de Melody Nelson (1971), de Serge Gainsbourg. Esse clima familiar e cúmplice se estende ao longo de todo o álbum. Nele, Lacerda gravou a maioria dos instrumentos e vozes, contanto com colaborações pontuais, dentre elas, a própria Victoria, Cícero, Mahmundi, Lucas Vasconcellos (Letuce) e Pedro Carneiro, este último, também produtor do disco.

    Esteticamente, Lacerda promoveu em Paralelos & Infinitos uma fusão de influências que lhe são bastante caras: Milton Nascimento, Caetano Veloso, Grizzly Bear e, mais fortemente, DM Stith. Assim, é possível observar tanto um preciosismo notoriamente ligado ao som de Minas quanto a pesquisa timbrística e uma ambiência que remetem aos artistas contemporâneos da cena indie folk norte-americana.



    Faixas:
    01 – Algo a Dois – César Lacerda
    02 – Touro Indomável – César Lacerda e Francisco Vervloet
    03 – 21 – César Lacerda
    04 – Olhos – César Lacerda e Luiz Rocha
    05 – Guarajuba – César Lacerda
    06 – Paralelos & Infinitos – César Lacerda
    07 – Love Is – César Lacerda
    08 – Quiseste Expor Teu Corpo a Nu – César Lacerda

    Marcadores: César Lacerda, MPB

    César Lacerda – Porquê da Voz (2013)

    Nascido em Diamantina, há 26 anos, César Lacerda pertence a uma geração brasileira de infância marcada pelo pop e adolescência alumbrada pelo fenômeno híbrido Los Hermanos. Por outro lado, se a canção límpida de Caetano Veloso é seu norte, a Música como musa maiúscula é DNA e bolsa-família do filho da pianista Maria Eunice Ribeiro, ex-diretora do conservatório de sua cidade natal. “Quando nasci, ela se aposentou e abriu uma escola de música. Não tive babá, ficava lá dentro direto”, lembra o cantor, compositor e multi-instrumentista.

    Ele estudou piano, violão, bateria, violino e aprofundou-se no bacharelado em flauta transversal, mas faz questão de observar: “o primeiro instrumento é a voz mesmo”.  Entre o Débussy e o Chopin tocados pela mãe e as modas de viola escutadas pelo pai na vitrola, o menino se mudou com a família para Belo Horizonte aos 11 anos, onde rolou a contaminação pela indústria fonográfica. “Lembro dos primeiros CDs que tivemos: Mamonas Assassinas, o Samba Poconé (Skank), o primeiro das Spice Girls e o primeiro do Gerasamba (logo transformado em É o Tchan).”

    Na adolescência, a influência clássica continuou, também a partir do irmão mais velho - Sergio Rodrigo Lacerda, que se tornou compositor de música erudita contemporânea -, junto com o rock progressivo de Genesis e Yes. E também a gregariedade tipicamente mineira, exercida no grupo (cLAP!) - em que tocava bateria, piano e flauta, além de cantar – e em trabalhos associados a Luiza Brina, Luiz Gabriel Lopes (da banda-coletivo Graveola e o Lixo Polifônico), Gustavito e Flavio Henrique, entre outros nomes da cena de BH.

    Um pouco de tudo isso pode ser ouvido neste álbum de estreia saudavelmente ambicioso e múltiplo, sem medo de abraçar caminhos raros para a canção popular brasileira. Há seis anos e meio morando no Rio de Janeiro, o jovem mineiro montou uma belíssima banda com o fluminense Elísio Freitas (guitarra e produção musical, fã transparente de John Zorn), o pernambucano Marcelo Conti (baixo) e o baiano Cláudio Lima (bateria), todos contribuindo nos arranjos. A eles se somam dois grandes nomes: Lenine, que ouviu o trabalho de César a partir do filho Bruno Giorgi (produtor auxiliar do disco) e se animou a dividir os vocais da bela “A Dois”, e Marcos Suzano, que empresta sua fina arte percussiva a nada menos que dez das doze faixas (em “A Dois”, com pandeiro e talking drums).

    O título Porquê da Voz, mais que uma canção de delicada construção – o arranjo de cordas de Sérgio Rodrigo Lacerda faz toda a diferença -, apresenta a carta de intenções de César. Afinadíssimo e dono de belo timbre, ele reivindica para si sem medo coisas que, infelizmente, tem se tornado pouco frequentes na MPB deste milênio: “por ser cantor, trago todo o desejo na voz”, “por ser cantor/ meu desejo é estar por aí (...) sou a geração, o complexo, o coração”. O vibrafone de Milena Lacerda acentua o lirismo da segunda faixa, “Qualquer Pensamento Específico”, e “Manawê” avança na diversidade rítmica com guitarra africana e um rap/repente do pernambucano Carlos Posada.

    O romantismo com alto potencial radiofônico  – ou de “música de novela”, como brinca o próprio César, observando a viola caipira afeita a tramas rurais – marca “Bem Mais”,  e, em outro viés, mais sofisticado, “Parece”, que conta com dois talentos convidados, também cantautores: Alexandre Andrés na flauta e Juliana Perdigão em clarone e clarineta, no arranjo de Leonardo Perantoni.  A complexidade estrutural  também não torna menos atraente uma canção épica como “Herói”, com César aos violões (o de cordas de aço e o de náilon) e a parceira Luiza Brina tocando patangome, instrumento percussivo de congada, em rico diálogo com a bateria de Cláudio Lima e as intervenções de Suzano em caxixi, moringa e triângulo.

    “Jonas”, com leve sabor prog anos 70, feita em homenagem ao mestre “sambeiro” do Reciclo Geral, de Belo Horizonte, é outro exercício de rigor, com arranjo de sopros de Elísio Freitas. Em “Simone de Santarém”, com letra de Luiz Gabriel Lopes sobre uma prostituta paranaense radicada em Portugal, César singra melodias difíceis com trechos explicitamente mouriscos.  Já em “Tudo Incerto”, composta por ele após audição do primeiro disco de Reginaldo Rossi, da fase Jovem Guarda, a viagem de simplicidade harmônica deixa espaço para Elísio soltar os bichos à guitarra.

    Um dos destaques do repertório é a superacessível e pop “Namorin”, parceria com Luiza Brina e Brisa Marques que se aproxima de um abolerado hermânico, mas com um viés ultrairônico no ponto de vista feminino antiternurinha. “Eu prefiro um canalha assumido a um meio marido”, profere a letra, de extração aldirblanquiana, diante de um amante cheio de “carin’” e “beijin’”. O fecho brilhante, caetaneado em sua apropriação do axé e do samba-reggae - com entrada triunfal do berimbau de Marcos Suzano -, é fruto de colaboração com a artista performática paraibana Numa Ciro. “Talvez/ o amor encontre  o seu lugar/ E a solidão/ simples delícia esperta/ Enquanto for contraponto/ Tom sobre meu cantar/ inevitável João”, canta a voz de César, manhosamente justificada, por um lado, pela tal linha evolutiva, e do outro, pela vocação popular.
    Pedro Só / Agosto 2013


    Faixas:
    01 – Porquê da Voz – César Lacerda
    02 – Qualquer Pensamento Específico – César Lacerda e Brisa Marques
    03 – Manawê – César Lacerda
    04 – A Dois – César Lacerda
    05 – Bem Mais – César Lacerda
    06 – Namorin’ – César Lacerda, Luiza Brina e Brisa Marques
    07 – Herói – César Lacerda
    08 – Parece – César Lacerda
    09 – Jonas – César Lacerda e Brisa Marques
    10 – Simone de Santarém – César Lacerda e Luiz Gabriel Lopes
    11 – Tudo Incerto – César Lacerda
    12 – Favos de Solidão – César Lacerda e Numa Ciro


    Marcadores: César Lacerda, MPB


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